Domingo
4 de março
1. ESTÉRIL E TRAÍDA
A. O que trouxe tristeza para a vida de Ana, a mulher de Elcana? 1 Samuel 1:1 e 2.
O amor de Elcana por sua companheira escolhida era profundo e imutável, mas uma nuvem ainda escurecia sua felicidade doméstica. O lar não era alegrado por uma voz infantil. Por fim, o forte desejo de perpetuar o nome levou o marido, assim como muitos outros, a escolher um caminho não aprovado por Deus — o de introduzir na família uma segunda esposa, que fosse subordinada à primeira. Esse ato era motivado pela falta de fé em Deus, e foi acompanhado de péssimos resultados. A paz da família, até então unida e harmoniosa, foi quebrada. O golpe se abateu sobre Ana com um peso esmagador. Toda a felicidade pareceu ter sido eliminada para sempre de sua vida. Ela aguentou sua provação sem reclamar, mas nem por isso sua dor era menos cortante e amarga.
Penina, a nova esposa, era uma mulher de mente inferior, e de espírito invejoso e ciumento. À medida que se passavam os anos, filhos e filhas foram recebidos no lar, e isso a tornou orgulhosa e arrogante, passando a tratar sua rival com desprezo e insolência. — The Signs of the Times, 27 de outubro de 1881.
Segunda-feira
5 de março
2. MENOSPREZADA E MAL COMPREENDIDA
A. Descreva a cena característica que ocorria com a família de Elcana na época das festas em Siló. 1 Samuel 1:3-5.
O espírito maligno que havia amaldiçoado o lar [de Elcana] se intrometia mesmo nas festividades relacionadas com a adoração a Deus. Era costume apresentar uma oferta pacífica após os outros sacrifícios terem sido ofertados. Uma porção exclusiva era entregue ao sacerdote, e em seguida, após distribuir para cada membro de sua família uma parte da sobra, o ofertante se unia a eles em uma solene e animada festa. Nessas ocasiões, Elcana dava à sua segunda esposa uma porção, assim como para cada um de seus filhos e filhas, e a seguir, como sinal de sua consideração e apreço por Ana, sua primeira e mais amada esposa, ele dava uma porção dobrada. Essa atitude provocou a inveja e o ciúme da segunda esposa que, de forma atrevida, reivindicou sua superioridade como uma mulher grandemente favorecida por Deus; e ela, numa atitude provocadora, usou o fato de Ana não ter filhos como um sinal do desagrado do Senhor sobre ela. — The Signs of the Times, 27 de outubro de 1881.
B. Descreva a amarga dimensão do sofrimento de Ana. 1 Samuel 1:6 e 7.
Essa cena se repetiu várias vezes, não só nas reuniões anuais, mas sempre que as circunstâncias favorecessem uma oportunidade para Penina se vangloriar às custas da sua rival. A atitude dessa mulher parecia ser, para Ana, uma provação quase impossível de suportar. Satanás empregou Penina como sua agente para perseguir e, se possível, irar e destruir uma das fiéis filhas de Deus. Por fim, à medida que as provocações de sua rival se repetiram em uma das festas anuais, a coragem e a força de Ana vieram abaixo. Incapaz de esconder suas emoções, ela chorou sem constrangimento. As expressões de alegria do outro lado pareciam zombaria e gracejo. Ela não conseguiu tomar parte do banquete. — Idem.
C. Como Elcana tentava consolar sua querida esposa, ainda que em vão? 1 Samuel 1:8.
Para Elcana, era impossível entender completamente os sentimentos [de Ana] ou valorizar seus motivos. — Idem.
Terça-feira
6 de março
3. FIEL E GRACIOSA
A. O que devemos aprender do caráter de Ana e da solução que procurou para a sua dificuldade? 1 Samuel 1:9-11; Salmos 50:15.
Humildade, retidão e uma firme confiança em Deus eram os traços predominantes do caráter [de Ana]. — The Signs of the Times, 27 de outubro de 1881.
Ana não apresentou nenhuma censura contra o marido por seu casamento imprudente. A dor que ela não conseguia compartilhar com nenhum amigo terreno, entregou ao seu Pai Celestial, e buscava consolo apenas dEle. [...] Há um grande poder na oração. Nosso grande adversário está constantemente procurando manter a alma atribulada distante de Deus. O apelo dirigido ao Céu pelo mais humilde dos santos é mais temido por Satanás do que os decretos ministeriais ou os mandatos dos reis.
Nenhum ouvido mortal conheceu a oração de Ana, mas sua prece penetrou nos ouvidos do Senhor dos Exércitos. — Idem.
B. Após ser acusada de não ter o favor de Deus e atingida pela malícia de sua rival, como Ana foi mal interpretada pelo sumo sacerdote dentro da casa do Senhor? 1 Samuel 1:12-14.
Os banquetes e as bebedeiras quase destruíram a verdadeira piedade entre o povo de Israel. Episódios de intemperança eram comuns mesmo entre as mulheres, e Eli decidiu então aplicar o que lhe pareceu ser uma repreensão merecida. — Idem.
C. Como a nobre resposta de Ana revela a abundante graça de um caráter semelhante ao de Cristo? 1 Samuel 1:15 e 16.
Ana estava em comunhão com Deus. Ela creu que sua oração foi ouvida, e a paz de Cristo preencheu seu coração. Sua natureza era gentil e sensível, mas ela não se entregou ao sofrimento nem à indignação por ter sido injustamente acusada de embriaguez na casa de Deus. Com a devida reverência ao ungido do Senhor, ela calmamente afastou a acusação e expôs os motivos de suas emoções. — Idem.
Quarta-feira
7 de março
4. OS PRIMEIROS TRÊS ANOS DA INFÂNCIA DE SAMUEL
A. Que milagre o Senhor concedeu em resposta à oração de Ana? 1 Samuel 1:17-20.
B. O que devemos aprender da instrução minuciosa que Ana deu ao menino Samuel? Provérbios 22:6.
Durante os primeiros três anos de vida do profeta Samuel, sua mãe o ensinou cuidadosamente a distinguir entre o bem e o mal. Por meio de todo objeto familiar que o cercava, ela procurou levar seus pensamentos ao Criador. — Orientação da criança, p. 197.
Os três primeiros anos são o tempo para dobrar o tenro galho. As mães devem compreender a importância desse período. É então que o fundamento é colocado. — Ibidem, p. 194.
Foi Ana, a mulher de oração e espírito altruísta, inspirada por Deus, quem deu à luz a Samuel, a criança divinamente instruída, o juiz incorruptível, o fundador das escolas sagradas dos hebreus. — A ciência do bom viver, p. 372.
C. O que devemos aprender da seriedade com que Ana encarou os votos feitos a Deus? 1 Samuel 1:11, 21-28; Eclesiastes 5:4 e 5.
Logo que o menino alcançou idade suficiente para se separar de sua mãe, ela cumpriu seu voto. Amava o filho com toda a devoção de um coração de mãe; dia após dia, observando suas faculdades que se expandiam, e ouvindo seu balbuciar infantil, suas afeições se uniam ainda mais a ele. Era seu único filho, uma dádiva especial do Céu; mas ela o recebeu como um tesouro consagrado a Deus, e não queria negar ao Doador aquilo que era Seu.
Mais uma vez Ana viajou com o esposo a Siló, e apresentou ao sacerdote, em nome de Deus, sua preciosa oferta [...]. — Patriarcas e profetas, pp. 570 e 571.
Quinta-feira
8 de março
5. UMA CANÇÃO DE LOUVOR E PROFECIA
A. O que Ana foi levada a declarar publicamente? 1 Samuel 2:1.
Como prova de sua gratidão, [Ana] sentiu que não poderia fazer uma demonstração menor do que declarar publicamente seu reconhecimento da divina misericórdia e bondade. A inspiração do alto veio sobre ela, e mesmo sendo uma mulher tímida e reservada, sua voz foi ouvida na assembleia do povo, em louvor a Deus. [...]
Em alguns animais, o chifre é a arma de defesa e ataque; pelo uso dessa figura, Ana reconhece que sua libertação tinha vindo de Deus. Em sua radiante alegria, não há o vão triunfo da vanglória. Ela não se gloria em Samuel ou em sua própria prosperidade, mas se regozija no Senhor. — The Signs of the Times, 27 de outubro de 1881.
B. Como as palavras de Ana nos trazem conforto e sabedoria? 1 Samuel 2:2-10.
[Cita-se 1 Samuel 2:3] Enquanto esta passagem se refere à conduta arrogante e atrevida de Penina, Ana também parece incluir todos os inimigos da verdadeira piedade, que se gloriam em si mesmos, e insultam e desprezam os filhos da fé. Orgulho e vanglória não podem enganar a Deus. Ele conhece intimamente o coração e a vida de todos. Pesa as ações. Distingue o caráter dos homens e pesa seus motivos na balança. Quando vê que será para o bem do homem e para Sua própria glória, Ele intervém em favor do Seu povo. No devido tempo, recompensará os justos e punirá os ímpios. — Idem.
Sexta-feira
9 de março
PARA VOCÊ REFLETIR
1. Como muitos repetem com frequência o mesmo tipo de erro praticado por Elcana?
2. O que deveríamos fazer com as “Peninas” de nossa vida?
3. Como posso estar julgando mal alguém que conheço?
4. Explique a obra dos pais durante os primeiros três anos de vida de uma criança.
5. O que levou Ana a fazer aquela declaração pública?